quinta-feira, 8 de março de 2007

poema III

Ele é só um poeta
e poetas nao sabem o que dizem
ha dias nao recebo um email
carta ou um démodé telefonema

Poetas somem bebados
descobrem outras musas,
nao sao modernos,
nao usam celular.

Ha algumas horas decidir
seguir sozinha e nao ser mais musa.
elas nao existem depois do amanha,
do copo de cafe e de coca cola.

Agora sou poeta
desapareço por uns dias
nao leio emails e nao atendo telefones
ha uma hora terminei os primeiros versos

3 comentários:

Miguel do Rosário disse...

lindo poema, e você é linda. beijos, miguel

Justo D'Avila disse...

gostei! os poetas são mesmo assim, oscilam a impermanência e quando falam muito sério: poesia também é lei - lei=magia, em chinês
magia usa palavras para invocar lei da natureza, transformar realidade. nós, poetas, temos um tanto disso...
o recolhimento faz parte deste processo. uso muito a imagem de gestação. depois parir o poema.
ou entrar no casulo, para a metamorfose, transformar larva de sentimentos em palavras borboletas - tipo um efeito borboleta, que causa terremoto do outro lado do mundo...
aliás, com você e miguel aí do outro lado do atlântico, sinto um pouco deste efeito... vcs devem sentir muito!!!!!
Saca? Chuang-Tzu: um bater de asas da borboleta, de um lado do mundo, pode significar um terremoto do outro. continue precisa e bela, amiga-borboleta!

fada verde disse...

adoreiiiii